quarta-feira, 8 de maio de 2013

INFORMAÇÕES SINTTONIA FM - 08.05.13

Comissão da Câmara debate financiamento para comunicação pública
A comissão de Cultura da Câmara dos Deputados debateu ontem (7) formas de financiamento para pequenas empresas de comunicação, emissoras públicas e comunitárias. 
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), autora do requerimento para a audiência pública, sugeriu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ofereça linhas de financiamento a fundo perdido para desenvolver a comunicação pública e alternativa no país.
Outra alternativa discutida na comissão foi a possibilidade de criação de linhas de financiamento especiais para o setor, com juros menores. “As mídias alternativas e livres são fundamentais sob a ótica da cultura, porque essa diversidade cultural brasileira precisa ter meios de difusão para a liberdade de pensamento do conhecimento, de expressão”, disse a deputada.  
A chefe do Departamento de Cultura, Entretenimento e Turismo do BNDES, Luciene Fernandes Gorgulho, explicou que os  recursos não reembolsáveis do banco são pequenos e já são usados em grande parte com ações que já vem sendo feitas há muitos anos, como apoio a ações de preservação do patrimônio histórico brasileiro, apoio ao desenvolvimento de pesquisa e inovação, ações de combate à fome e à pobreza. “A proposta é meritória, mas esses recursos são utilizados em focos difíceis de descontinuar”.
A representante do BNDES apresentou as formas de financiamento que já estão disponíveis para o setor cultural e audiovisual. Segundo ela, além das linhas de crédito ao setor empresarial, o banco oferece fundos de investimento e recursos para o setor cinematográfico. Ela lembrou o apoio do BNDES ao desenvolvimento de séries de animação nacionais como Peixonauta e Meu Amigaozão.
O presidente da Empresas Brasil de Comunicação (EBC), Nelson Breve, destacou a necessidade de liberação da contribuição para o fomento à radiodifusão pública, que está sendo questionado na Justiça e atualmente já tem cerca de R$ 1,5 bilhão depositado em juízo. “Se não resolvermos o problema do financiamento, vamos sempre ter dificuldade de competir com as emissoras comerciais e disputar audiência. Nossa lei diz que não podemos só fazer um tipo de comunicação que não chegue às pessoas, precisamos disputar audiência e para isso precisamos de investimentos em tecnologia, em conteúdo e isso requer recursos”, explicou.
Em março deste ano, a Justiça Federal considerou legal a contribuição das empresas de telecomunicações para o fomento à radiodifusão pública, mas o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil) recorreu em segunda instância contra a decisão. Do total dos recursos arrecadados, 75% serão destinados à EBC; 2,5% à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel); e 22,5% ainda deverá ser regulamentado.
Breve também lembrou que as emissoras de televisão educativas e comunitárias vão precisar de recursos para promover a sua digitalização. “Se tivermos um apagão analógico nos próximos três anos, se não houver uma política para fomentar a modernização e digitalizar todo o processo de produção dessas emissoras, vamos ter  algumas que vão acabar simplesmente, porque não haverá acesso ao público”.
A deputada Jandira Feghali disse que a comissão irá pedir uma audiência com algum representante da diretoria do BNDES para discutir as formas de financiamento para o setor e irá promover reuniões com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) para debater a destinação de verbas publicitárias do governo.
Fonte: Ebc

Divulgados centros para retirada de ingressos da Copa das Confederações
Bilhetes poderão ser resgatados a partir do dia 29 de maio, em uma das seis cidades-sede do evento
A Fifa anunciou, nesta terça-feira (7), os locais e horários para retirada dos ingressos da Copa das Confederações. A partir do dia 29 de maio, quem comprou entradas para a competição poderá retirá-las em um dos seis Centros de Ingressos da Fifa nas cidades-sede, que ficarão abertos sete dias por semana das 9h às 18h no horário local.
Os bilhetes devem ser retirados pessoalmente pelo comprador com o documento de identidade ou passaporte utilizado para fazer a encomenda. Caso tenha sido concedido um desconto, também será obrigatório apresentar um comprovante de qualificação. No dia 29 de maio de 2013, a Fifa também apresentará o layout e as características especiais dos ingressos da Copa das Confederações.
Os locais são Belo Horizonte (BH), Av. dos Andradas, 3000 - Santa Efigênia; Brasília (DF), Centro de Convenções Ulysses Guimarães - Eixo Monumental; Fortaleza (CE), Centro de Eventos do Ceará - Av. Washington Soares, 999 - Edson Queiroz; Recife (PE), Shopping Recife - Rua Padre Carapuceiro, 777 (Cobertura) - Boa Viagem; Rio de Janeiro (RJ), Cidade das Artes - Av. das Américas, 5300 - Barra da Tijuca; e Salvador (BA), Shopping Iguatemi - Av. Tancredo Neves, 148 (Estacionamento).
 Copa das Confederações
A Copa das Confederações acontecerá entre 15 e 30 de junho deste ano. Os jogos serão realizados em Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. A edição de 2013 reunirá importantes seleções de futebol do mundo, como Brasil, Itália, Uruguai e Espanha. Os mexicanos, atuais campeões olímpicos, além de Nigéria, Japão e Taiti, também estarão presentes.
Fonte: Portal da Copa

Governo inicia coleta de hortigranjeiros para monitoramento de agrotóxicos
Técnicos da Vigilância em Saúde do Estado deram início ao Programa de Monitoramento de Qualidade de Produtos Hortigranjeiros. No início da tarde, realizaram a primeira coleta de produtos hortigranjeiros nas Centrais de Abastecimento do Estado (Ceasa/RS).
O objetivo é proporcionar maior segurança no ambiente de trabalho e oferecer maior qualidade dos alimentos comercializados no RS à população. Através do programa, será monitorada a presença de resíduos de agrotóxicos de uso não autorizado no Brasil e os autorizados, mas acima dos limites máximos estabelecidos ou cujo uso não é recomendado para a cultura.
As coletas ocorrem na Ceasa/RS, onde são comercializados 35% dos hortigranjeiros consumidos no RS, provenientes de todo o Estado e de fora, e que possuem rastreabilidade.
Os hortigranjeiros estão sujeitos à contaminação por agentes físicos, químicos e biológicos, desde sua origem até o consumidor final. Esses alimentos estão entre os produtos agrícolas que sofrem os mais diferentes e intensos tratamentos com agrotóxicos e contaminação por organismos parasitas, microorganismos através da água de irrigação, pelo uso de fertilizantes orgânicos dispostos de forma incorreta ou pela própria água de lavagem.
A iniciativa de implantar e cumprir o programa é do Ministério Público do Estado, que assinou um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta, em outubro do ano passado, com a Ceasa/RS, Vigilâncias Sanitárias do Estado e do Município, Lacen e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS - Crea/RS.
Fonte: estado.rs

Abertas as inscrições para o Prêmio Jovem Cientista 2013
Para a edição deste ano, os estudantes abordarão o tema "Água e os desafios da sociedade". As inscrições vão até o dia 30 de agosto
Estão abertas, desde segunda-feira (6), as inscrições para o Prêmio Jovem Cientista, edição 2013. Com o tema "Água: desafios da sociedade", o concurso poderá ser concorrido por estudantes do ensino médio, ensino superior, mestres e doutores. Os interessados devem se inscrever até o dia 30 de agosto.
Para esta edição, a equipe do XXVII Prêmio Jovem Cientista propõe a utilização de um kit pedagógico direcionado aos professores do Ensino Médio, que desejarem discutir o tema com seus alunos. O kit contém um Caderno do Professor, com ilustrações e exemplos relacionados às linhas de pesquisa sugeridas, um Caderno com seis Planos de Aula e 12 Fichas de Atividades para proporcionar ideias de projetos de pesquisa aos estudantes. O material é distribuído gratuitamente às escolas e aos professores interessados, e também estará disponível para download no site Jovem Cientista, ainda neste mês de maio.
A novidade deste ano será a realização da Oficina de Projetos Científicos para estudantes do Ensino Médio, em dez localidades diferentes do País: Belém (PA), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Brasília (DF). As oficinas de orientação terão duração média de quatro horas.
Cada escola participante poderá indicar entre cinco e dez estudantes e um professor. As oficinas ocorrerão em maio e junho e as chamadas dos inscritos serão efetuadas pelo Facebook.
O prêmio é oferecido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Fundação Roberto Marinho (FRM), e as empresas GE e Gerdau. 
O CNPq prevê lançamentos do prêmio nas cinco regiões do País. Além disso, vai promover, a partir de maio, visitas de divulgação às universidades e Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs), com a participação de gestores estaduais de ciência, tecnologia, inovação, meio ambiente, educação e recursos hídricos.
Linhas de pesquisa
As linhas de pesquisa que terão propostas contempladas na categoria ensino médio são: Gestão de bacias hidrográficas; Tratamento e reuso da água; Água e saúde pública; Uso da água para geração de energia e; Tecnologias para dessalinização da água.
Já nas categorias ensino superior, mestres e doutores, as pesquisas serão em Gestão inovadora dos recursos hídricos aplicada ao uso do solo e à gestão ambiental; Tecnologias inovadoras para despoluição de bacias hidrográficas e sua integração com as dos sistemas estuários e zonas costeiras; Ecotecnologias no tratamento de águas residuárias, industriais e urbanas, esgotos domésticos, águas pluviais e despoluição e; Uso racional e eficiente da água: gerenciamento, aproveitamento e reuso.
Ainda, na categoria de ensino superior, mestres e doutores, serão recebidas propostas com temas sobre utilização de tecnologias de sensoriamento remoto na avaliação dos recursos hídricos, uso da água e da energia e aplicação de tecnologias inovadoras que promovam sua sustentabilidade, contaminantes emergentes (disruptores endócrinos, fármacos, resíduos orgânicos): detecção e remoção em sistemas de abastecimento de água, uso de membranas no tratamento da água, causas e conseqüências das florações de cianobactérias em mananciais de abastecimento de água, gerenciamento da água no meio urbano: novas tecnologias para minimizar alagamentos e eventos hidrológicos extremos e sistemas de alerta e Impactos das mudanças climáticas nos recursos hídricos.
Premiações
Nas categorias Mestres e Doutores, os vencedores serão agraciados com R$ 30 mil (1º lugar); R$ 20 mil (2º lugar) e R$ 15 mil (3º lugar). Os estudantes do Ensino Superior receberão R$ 15 mil (1º lugar), R$ 12 mil (2º lugar) e R$ 10 mil (3º lugar) e os estudantes do Ensino Médio classificados em 1º, 2º e 3º lugares ganharão laptops.
Na categoria Mérito Institucional, serão concedidos R$ 35 mil para cada uma das duas instituições contempladas com a premiação. Já o pesquisador indicado para a categoria Mérito Científico receberá R$ 20 mil. O CNPq concede ainda bolsas de estudo desde a iniciação científica até o pós-doutorado para os premiados e a GE oferece aos vencedores e orientadores, visitas técnicas às suas fábricas e laboratórios de pesquisa.
Fonte: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Projeto de irrigação de autoria do Governo do Estado é aprovado por unanimidade pelo Legislativo
O projeto de autoria do Governo do Estado, que institui o Programa Estadual de Expansão da Agropecuária Irrigada - Mais Água, Mais Renda, foi aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa, por 49 votos, nesta terça-feira (07). 
O Programa, que é coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) agora deixa de ser uma ação de Governo e se transforma em Lei Estadual, passando a ser uma política de Estado. 
O Mais Água, Mais Renda é um programa de desenvolvimento econômico com o objetivo de aumentar as áreas irrigadas e prevenir os efeitos das estiagens no RS. O Programa prevê reembolso da primeira e da última parcela de valores financiados pelos produtores irrigantes, licença ambiental e outorga da água. 
O Projeto ainda cria o Comitê Gestor do Programa, que será coordenado pela Secretaria da Agricultura e integrado por nove órgãos do Estado: Secretarias do Meio Ambiente; Fazenda; Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano; Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo e de Desenvolvimento e Programação do Investimento. Além da Fundação de Proteção ao Ambiente Natural Henrique Roessler (Fepam); da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e do Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga). 
O projeto foi aprovado com emenda do líder do Governo no Legislativo, Valdeci Oliveira, que ampliou a representatividade inicial prevista para o Comitê Gestor do Programa, bem como aperfeiçoou os mecanismos de participação e controle social. 
Também serão convidados a participar do Comitê Gestor um representante dos Comitês de Bacias Hidrográficas do Estado, um representante da Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural/Associação Rio-grandense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ascar-Emater/RS), e dois representantes de entidades de agricultores, um das cooperativas agropecuárias e um das indústrias de máquinas e equipamentos de irrigação. 
Fonte: estado.rs

Comissão do Senado mantém 12% do ICMS para Zona Franca de Manaus
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado manteve a alíquota de 12% do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para bens industrializados fabricados na Zona Franca de Manaus (AM). Requerimento apresentado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), com apoio da bancada do estado, dividiu as opiniões dos senadores da comissão. A proposta de redução do percentual para 7%, como prevê o projeto de resolução que unifica as alíquotas do ICMS, foi vencida. 
O texto-base do projeto prevê os 7% para os estados das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e o Espírito Santo. Os estados do Sul e Sudeste arrecadariam alíquota de 4% do ICMS nos produtos industrializados pelos estados das duas regiões.
O novo texto prevê um prazo de transição para as alíquotas de 7% e 4%. Com isso, esses percentuais entrarão em vigor a partir de 1º de janeiro de 2018.
“Só poderemos competir com outros polos industriais se tivermos a Zona Franca de Manaus. Dizia o presidente Lula que só quem não defende a Zona Franca é quem não a conhece”, destacou o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) ao defender a preservação de 12% de arrecadação de ICMS nos produtos industrializados.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) rebateu os argumentos do colega amazonense com o argumento de que a preservação dessa alíquota de ICMS para a Zona Franca representará uma perda às indústrias paulistas que produzem eletroeletrônicos. “Em uma região que passa por um franco processo de desindustrialização [São Paulo], esse seria um prejuízo ainda maior”.
O senador Armando Monteiro (PTB-PE) defendeu uma proposta de conciliação que, segundo ele, manteria a atual proporcionalidade das arrecadações do ICMS no Amazonas e nas demais regiões. Ele pretendia reduzir os atuais 12% aos produtos industrializados da Zona Franca para 9%. Sua proposta, no entanto, não foi acatada pelos demais parlamentares.
O senador Blairo Maggi (PR-MS), no entanto, ressaltou que retirar qualquer benefício fiscal da Zona Franca de Manaus representará o aumento do desmatamento da Amazônia. Em sua opinião, a perda de arrecadação do Amazonas acarretará no avanço do desmatamento da floresta.
“Achar que o Amazonas não tem terras agricultáveis e para pecuária é um ledo engano”, justificou o senador Blairo Maggi. Ele acrescentou que em debates sobre outros temas como o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Código Florestal não viu qualquer discussão sobre “compensações ambientais”.
O Projeto de Resolução 1/2013 unifica as alíquotas interestaduais do ICMS. O imposto interestadual, cobrado quando uma mercadoria passa de um estado para outro, incide da seguinte forma: o estado produtor fica com 12% ou 7% do valor do item, e o estado consumidor, com o que falta para completar a alíquota total do ICMS. Dessa forma, se uma mercadoria paga 18% de ICMS no estado de destino, o estado produtor fica com 12% ou 7%. O estado consumidor detém os 6% ou 11% restantes.
Fonte: ebc

Pessoas com deficiência serão beneficiadas com a construção de centros de reabilitação
Serão inaugurados, em 2013, mais  29 centros de reabilitação com transporte gratuito e oficinas de próteses, além da oferta de cadeiras de rodas adaptadas e motorizadas
As pessoas com deficiência passarão a ter acesso a novos serviços e equipamentos no Sistema Único de Saúde (SUS). Serão inaugurados 29 Centros Especializados de Reabilitação (CER) com transporte gratuito para os atendidos em 19 municípios, realizadas 18 oficinas de órteses e próteses, além da incorporação de seis novos modelos de cadeiras de rodas e o sistema FM, acessório para aparelhos auditivos. O anuncio foi feito nesta terça-feira (7) em Taguatinga (DF) e, com a medida, serão investidos mais de  R$ 200 milhões em ações voltadas a pessoas com deficiência - cerca de 944 mil pessoas por ano serão beneficiadas. 
Além disso, sete estados brasileiros passarão a ofertar, pelo SUS, mais exames do teste do pezinho, que diagnostica doenças no recém-nascido. O Ministério da Saúde também vai liberar recursos para qualificar o atendimento a pessoas com deficiência em 47 Centros de Especialidade Odontológica (CEO) do País, aumentando em 50% o valor para que os profissionais sejam capacitados para usarem técnicas especializadas para tratamento desse público. 
As ações fazem parte do programa Viver Sem Limite, Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Os novos serviços e equipamentos estão voltados à inclusão social dos brasileiros com deficiência, garantindo autonomia e independência a esse segmento e possibilitando melhor qualidade de vida.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que “o Sistema Único de Saúde está se organizando para que as pessoas com deficiência não tenham limitações. Quem impõe limites a esses brasileiros é a sociedade que não se organiza”, disse.
Centros Especializados 
São serviços de qualidade assistencial em reabilitação que atendem pessoas com deficiência física, visual, auditiva e intelectual, conforme o número de modalidades habilitadas. A Unidade Mista de Saúde de Taguatinga (DF), será habilitada para pessoas com deficiência física e intelectual. Os novos centros  receberão 20 microônibus adaptados para o transporte das pessoas com deficiência que não apresentam condições de mobilidade e acessibilidade autônoma aos meios de transporte convencional ou que manifestem grandes restrições ao acesso e uso de equipamentos urbanos até os serviços de saúde. 
Cadeira de rodas
 Mais seis tipos de cadeiras de rodas serão incorporadas no Sistema Único de Saúde (SUS), além das que já existem – adulto e infantil – e cadeira de rodas para tetraplégico manual, que continuarão a ser ofertadas na rede pública de saúde. Com as novas incorporações, o SUS vai oferecer a cadeira motorizada, equipada com motor elétrico, que pode ser movida por controle remoto, pelo queixo ou boca. Também ofertará a cadeira monobloco, leve e portátil, que possui mecânica favorável à propulsão e manobras em terrenos acidentados.
Haverá a incorporação de cadeira de rodas para pessoas acima de 90 quilos, para banho em concha infantil, com encosto reclinável, com aro de propulsão – adaptação postural em cadeira de rodas.
Outra nova incorporação será um dispositivo auditivo para crianças de 5 a 17 anos com deficiência auditiva (de grau leve, moderado, severo ou profundo) matriculadas no ensino fundamental I e II e ensino médio. O acessório, acoplado ao aparelho auditivo, elimina o excesso de ruídos que interferem na interpretação do aluno. Um microfone posicionado próximo a boca do professor capta a fala com boa intensidade, reduzindo os efeitos de reverberação e ruídos, e o som captado é enviado via FM diretamente para o receptor, qualificando o aprendizado do estudante.
Teste do pezinho
A ampliação do acesso a exames do Programa Nacional de Triagem Neonatal, que realiza o Teste do Pezinho, abarcará os estados do Acre, Alagoas e Sergipe na Fase III, e São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul na fase que identifica também  deficiência da biotinidase e hiperplasia adrenal primária. Ao ano, aproximadamente 545 mil crianças devem ser beneficiadas.
Fonte: Ministério da Saúde 


Lei obriga reconstrução de mama
De acordo com nova lei aprovada pelo Congresso, a mama deve ser reconstruída na mesma cirurgia em que foi feita a retirada do câncer, quando houver condição médica
O câncer de mama é uma espécie de fantasma que assusta toda mulher. Muitas vezes a cura envolve a mutilação do corpo naquilo que é mais simbólico da feminilidade, os seios, colocando em risco também a saúde psíquica da mulher.
Foi por causa disso que o Congresso Nacional aprovou e a presidente da República, Dilma Rousseff, sancionou a Lei 12.802/2013, que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a fazer a cirurgia plástica reparadora da mama logo em seguida à retirada do câncer, quando houver condições médicas. A lei anterior (Lei 9.797/1999) já previa que mulheres que sofressem mutilação total ou parcial de mama (mastectomia) teriam direito a cirurgia plástica reconstrutiva, mas sem especificar o prazo em que ela deveria ser feita.
Se a reconstrução não puder acontecer imediatamente, a paciente deverá ser encaminhada para acompanhamento clínico. O projeto que deu origem à lei é de autoria da deputada licenciada Rebecca Garcia (PP-AM).
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) no Centro-Oeste, Rodrigo Pepe Costa, avalia que a intenção da lei é excelente. Segundo ele, em 90% dos casos de mastectomia, a reconstrução pode ser feita na mesma cirurgia de retirada do câncer.
— A reconstituição imediata da mama traz um benefício enorme para a autoestima da mulher. O estigma da mastectomia é muito grande. Há estudos que mostram que a mama é o ponto principal da feminilidade —considera.
A presidente da Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília (Recomeçar), Joana Jeker, acredita que, com a obrigação legal, os hospitais vão ter de se preparar para a reconstituição. Para ela, a lei é uma grande conquista.
— Até pouco tempo atrás, não se falava em reconstrução de mama. E ter as mamas reconstruídas é um renascimento para a mulher. O impacto na autoestima, no relacionamento afetivo e na vida social é muito grande.
Realidade
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil possui 181 serviços de saúde habilitados a fazer cirurgia reparadora de mama. Em 2012, foram realizadas pelo SUS 1.392 reconstruções mamárias, a um custo de aproximadamente ­R$ 1,15 milhão. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, das cerca de 20 mil mulheres que precisam fazer cirurgia de retirada das mamas, menos de 10% saem dos centros cirúrgicos com os seios reconstruídos.
Segundo Rodrigo Pepe, não há estrutura nos hospitais públicos para realizar o que manda a lei. As deficiências vão da falta de centro cirúrgico à ausência de médicos qualificados. Para fazer o procedimento, é preciso ser cirurgião plástico ou mastologista com especialização em reconstrução de mama.
Mastologista do Hospital de Base (HBDF), o maior de Brasília, Pepe conta que, atualmente, não há cirurgiões plásticos no hospital. Na estrutura da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, a categoria está lotada em outra unidade, o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). Quando a mastectomia é feita por um mastologista habilitado em reconstrução, não há problema. Ele mesmo pode fazer a cirurgia reparadora. Onde não existe mastologista qualificado, o trabalho tem de ser feito em conjunto com o cirurgião plástico habilitado.
Em outras ocasiões, a dificuldade é o centro cirúrgico. Segundo Pepe, às vezes, o médico precisa escolher se ocupa a sala de cirurgia por duas horas para fazer a mastectomia e a reconstrução ou se a ocupa pelo mesmo período e faz duas mastectomias.
— É uma decisão difícil para os médicos. E se é assim na capital da República, imagine pelo Brasil afora. A diferença entre os hospitais é enorme. Há lugares completamente sem estrutura, sem médicos, sem centro cirúrgico.
O mastologista levanta outro impedimento para a realização de mais reconstruções logo após a mastectomia: o valor pago pelo SUS para os médicos e hospitais conveniados. Ele classifica de “irrisória” a quantia paga aos profissionais. Segundo o Banco de Dados do Sistema Único de Saúde ­(Datasus), o valor repassado ao hospital e à equipe profissional por uma “plástica mamária reconstrutiva ­pós-mastectomia com implante de prótese” é de R$ 315,92.
— Quem trabalha por produtividade não tem interesse em fazer a cirurgia reparadora pelo SUS por causa da baixa remuneração. O mérito da lei é levantar esses problemas — ponderou Rodrigo Pepe.
Como é feita a reparação
De acordo com o mastologista Rodrigo Pepe Costa, há diversas técnicas para fazer a reconstrução da mama. A escolha vai depender do caso, mas o médico ressalva: não são todas as pacientes que têm indicação de reconstrução, sobretudo quando o câncer é muito agressivo.
A Sociedade Brasileira de Mastologia dá informações sobre as principais técnicas de reconstituição: a autóloga, realizada com tecidos da própria paciente; a heteróloga, que utiliza expansores ou próteses; e a mista, que combina as duas primeiras.
— A gente tira o tumor e refaz as duas mamas, para que elas fiquem do mesmo tamanho. Muitas vezes, o resultado deixa a mama mais bonita, como em uma cirurgia estética. A técnica mais complicada envolve tecido muscular e gorduroso das costas e abdome — explica Rodrigo Pepe.
Batalha por uma bela causa
“Em 2010, comecei minha luta para reconstruir a mama pelo SUS. Na época, não havia condições de fazer a cirurgia no HRAN por falta de condições técnicas. Fiz, então, um abaixo-assinado e consegui operar. Mas eu já estava tão envolvida com a causa que resolvi continuar ajudando outras mulheres. Em 2011, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal realizou o primeiro mutirão para reconstrução de mama. Antes dos mutirões, a média era de 50 cirurgias por ano no DF. Depois dos mutirões, passou-se a fazer mais de 100. A nossa batalha é para que sejam feitas pelo menos quatro por semana”.
Joana Jeker, presidente da Associação Recomeçar
Saiba mais
Sociedade Brasileira de Mastologia
http://www.sbmastologia.com.br/
Associação das Mulheres Mastectomizadas de Brasília
www.recomecar.org
Federação Brasileira de Apoio à Saúde da Mama
http://www.femama.org.br
Fonte:Jornal do Senado



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